A transição energética no Brasil é um tema de crescente importância tanto no cenário nacional quanto global. O país vem desempenhando um papel de destaque nesse processo, graças às suas condições ideias para a produção e exploração de uma ampla gama de fontes renováveis, como energia eólica e solar e hidrogênio verde.

Com um vasto território e recursos naturais abundantes, o Brasil tradicionalmente dependeu fortemente da energia hidrelétrica como principal fonte de energia. No entanto, nas últimas décadas, caminha rumo à diversificação dessa matriz, estimulado por uma série de fatores, como preocupações com a sustentabilidade ambiental, segurança energética e mudanças nas condições econômicas e políticas.

Em uma recente declaração, o Diretor de Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, destacou que a produção renovável interna do país é de aproximadamente 50% da geração de eletricidade e combustíveis, em comparação com uma média mundial de 15%. Quando analisado apenas a geração de energia elétrica renovável, o Brasil superou os 90% em 2023, enquanto a média global é de 30%.

Além disso, o país se destaca como líder em investimento na América Latina em transição energética e se posiciona como o sexto maior investidor global neste setor, de acordo com relatório da BloombergNEF. No ano de 2023, foram direcionados aproximadamente US$ 34,8 bilhões para promover iniciativas relacionadas a energias renováveis, veículos elétricos, hidrogênio, captura de carbono, entre outras.

O tema é também um dos principais focos do G20 e dos grupos de engajamento que o compõem. Nesta segunda-feira (19), ocorreu a primeira reunião do GT de Transições Energéticas. Dentre os temas prioritários para este ano estão: acelerar os esforços de financiamento da transição energética, principalmente em países em desenvolvimento e economias emergentes; e a necessidade de avançar no desenvolvimento de mercados de combustíveis sustentáveis, envolvendo perspectivas inovadoras.

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